Mecanismos de saciedade e a importância de se distribuir bem as refeições

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Amanhã, 31 de março, Dia da Saúde e Nutrição, vale lembrar como hábitos saudáveis de alimentação são importantes no pré e pós-cirúrgico imediatos bem como na manutenção a médio e longo prazo dos resultados de uma cirurgia plástica.

Tema de hoje é a importância de se distribuir bem as refeições ao longo do dia.

A habilidade simples de saber o quanto se deve comer, de saber qual o tamanho certo de uma porção de alimentos, é importantíssima no processo de emagrecimento e manutenção de peso. Além disso, comer porções adequadas é algo que permite que comamos apenas até o ponto onde estamos confortavelmente saciados, evitando arrependimentos posteriores.

Em especial o consumo exagerado de carboidratos, principalmente de açúcar, é capaz de “sabotar” os mecanismos de saciedade do nosso organismo. Carboidratos são facilmente digeridos, e com isso, o intestino deixa de avisar ao cérebro que está “ocupado”. Além disso, quando uma grande quantidade de glicose cai no sangue de uma só vez, o pâncreas secreta insulina em altas doses, o que promove diversos efeitos:

  1. O organismo interpreta uma saída rápida de glicose do sangue para as células como fome!
  2. Altos níveis de insulina bloqueiam a leptina, hormônio que comunica ao cérebro que você já comeu o suficiente, ou seja, outra falha no sinal de saciedade.

Além disso, a parede do estômago tem “sensores” que, conforme o grau de distensão deste órgão, enviam informação ao cérebro sobre a saciedade. Se você comer regular e crescentemente muito, sem estômago, que nada mais é do que uma bolsa de tecido elástico, vai aumentar cada vez mais, retardando também cada vez mais o ponto no qual envia a mensagem de saciedade ao cérebro. Isso é o que leva certos obesos a recorrem à cirurgia bariátrica.

Algumas dicas para controlar a saciedade:

  1. Controle as porções. É melhor dividir em 6 refeições aquilo que comeria durante o dia concentrado em 3 refeições. Com porções menores, você sobrecarrega menos digestão e metabolismo.
  2. Dê preferência a alimentos que promovam mais saciedade, o que significa comer menos carboidratos, e mais proteínas, gorduras saudáveis e vegetais.
  3. Dê preferência aos carboidratos integrais, que levam a uma glicemia pós-prandial (pós-refeição) mais equilibrada. Como os picos de glicemia no sangue são menores, também as doses de insulina injetadas no sangue serão menores.
  4. Coma devagar, mastigando bem. Os mecanismos de saciedade do organismo demoram por volta de 20 minutos para enviar ao cérebro a mensagem que você já ingeriu o suficiente. Se você comer muito rápido, praticamente engolindo a comida, até alcançar esses 20 minutos, já terá certamente ingerido muito mais do que seu organismo de fato precisa.
  5. Aprenda a degustar aquilo que mais gosta de comer para se contentar com pequenas porções.
  6. Dedique-se às suas refeições.
    Distrair-se durante as refeições, por exemplo assistindo TV, faz muitas vezes com que você nem perceba o quanto já comeu.
  7. Para entender quanto de um determinado alimento corresponde a uma porção, é preciso ter noção de:
  • Qual a proporção entre carboidratos, proteínas e gorduras;
  • Tipo de carboidratos e índice glicêmico;
  • Tipo de gorduras;
  • Entre outros.
    Ler a tabela nutricional dos produtos é sempre bom.
    Mas, se quiser e/ou precisar levar isso à risca, é primordial buscar o suporte e acompanhamento de um nutricionista!
  1. Quando for a um restaurante, você pode:
  • Pedir porções menores;
  • Dividir uma porção com alguém;
  • Pedir que embalem o que sobrou numa quentinha para levar para casa.

 

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